O sorriso de uma cabocla

Nada há de mais belo que a simplicidade. Um sorriso no rosto, um olhar, um gesto de carinho e respeito por quem acabou de conhecer. Eu gosto disso. Eu gosto do contato com gente, gosto do gosto bom que amar tem. Do forró, do café preto, do bolo de milho, do sanfoneiro, do pé descalço. Gosto de praia, mas aquela água salgada não me atrai muito não. Gosto de família, festa junina, vaquejada, tradição. De casa cheia, de arrasta pé e de baião. A simplicidade me convence. Me leva a crer que o mundo ainda tem solução, que personalidade forte não é arrogância ou sempre ter os pés no chão. Simpatia pra mim vem de simplicidade, já que pessoas sóbreas e elegantérrimas não exalam tanta felicidade. Simplicidade de saber quando errou, de falar quando precisa e de calar quando houver necessidade. Gosto mesmo é do aconchego do sertão; mesmo com espinhos os cactos também possuem flores. Gosto de quem trabalha, quem tem garra,quem se dedica, mãos calejadas, dentadura na mão. Da terra levantando a poeira quando a gente pisa firme, dançando com o coração. E há quem pense que é bonito dizer que é pessoa de complicada convivência. Bom mesmo é ser simples, raspar a panela, fazer fogueira pra São João, pedir marido a Santo Antônio e rezar pra São Pedro pra cair água no sertão. Bonito é ter sorriso no rosto mesmo que na cabeça existam problemas, bonito é não se entregar aos problemas, é se alegrar por onde passa, é ser feliz todo dia do ano. Bom mesmo é ser simples; não correr pra sair no fundo de uma foto com governador pra sair do anonimato e sim se tornar popular por entre aqueles ditos anônimos.


por: Andressa Martins S.M.B.
SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO!
A verdade é uma invenção que está diretamente relacionada com o discurso. 

Por muitas vezes é possível observar como a verdade é algo inventado pelas pessoas para conseguirem o que almejam; sejam criar ou se livrar de problemas ou apenas testar sua maneira de persuasão, de inserir ideias nas cabeças vazias, ou meio cheias, como queiram dizer.  As vezes as pessoas que criam essa verdade não vêem que ela não faz sentido algum, que ela não procede, que é ridícula no ponto de vista de todos. Pessoas assim, que acima de tudo que não tem capacidade de assumir erros e receber críticas, pessoas sem honestidade intelectual, deveriam ter cassado o direito de voz; ninguém deveria parar para ouvir esse tipo de gente.  A verdade, pode ser considerada por jogo de verdades, como um mosaico, em que cada parte pequena se encaixa, que se assimila e assim controi-se uma verdade, diferente a cada ponto de vista. Assim como a verdade é inventada, a loucura por muitas vezes também é, pelo que gera pra sociedade, pela economia que gira em torno da loucura. A sociedade molda e é moldado , vigia o tempo todo e pune sempre que preciso e as vezes mesmo sem precisão. Existe o Panopticon como Ortopedia Social. Nas escolas, nos manicômios, nas prisões, nos hospitais ... em todas instituições existe vigilância, vigiar pra não se perder o controle da sociedade, vigiar para docilizar os corpos, para nos ensinar a hora certa de comer, falar, ir ao banheiro, dormir, etc. A verdade é uma invenção. O Panopticon é uma utopia, uma utopia que se realiza. Os corpos estão dóceis, fragilizados, acostumados, anestesiados; ainda assim se pode claramente observar como o constante controle dos indivíduos interfere em nossa vida social.

Andressa Martins S.M.B.


Nem briga, nem choro, nem vela, meu amor. A vida não para, foi só mais um trem que parou. 
 Andressa Martins S.M.B.
Malandro é malandro e mané é mané
Podes crer que é


Existem pessoas que cativam, que vivem sorrindo, fazendo coisas que você admira. Não aquele sorriso falso ou somente algo para lhe agradar; mas aquele sorriso sincero, porque você não tem culpa dos problemas que acontecem com as outras pessoas. Cativar não significa adular, ser falso ou coisas do tipo. Para conseguir cativar alguém é preciso se auto-cativar, estar de bem com si mesmo, estar bem humorado, tratar-se bem sem ferir os direitos do próximo, sem tentar ser autoritário; assim sem se sentir, se vai conquistando as pessoas, cativando os seres que estão bem perto ou até longe. Até porque, como diz um certo ditado distorcido: "O mundo lá fora é o cão!" E esse mundo, somos nós. 

Malandro é malandro e mané é mané, podes crer que é ;)

Por: Andressa Martins S.M.B