O vermelho do meu rosto demora a se dispersar.
O inchado dos meus olhos não me deixa que os bote
pra descansar, dormir, morrer.
Chove, não na rua, mas em mim.
" Chovia uma triste chuva de resignação " ,
já dizia (escrevia) Manuel Bandeira.
E ninguém estava lá, comigo.
O 'formirgar' do meu rosto, típico de que desagua por muitas horas
foi em busca de algo rápido, alguma tecnologia.
E me atirei ao telefone celular (que termo mais ultrapassado)
E ele impregnou em mim.
A voz de alguém, vinda do outro lado, de bem distante, me parecia
ideal, sonhador, confortante ...
Tudo que eu precisava; a desreferenciação do real.
E frases feitas, quase perfeitas; por incrível que pareça, me fazem melhor.
E desaguo novamente, ficando assim, sem ar, sem par.
Por: Andressa Martins S. M.B
escrito em: 22/04/2010
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