Me apaixonei quando fui me despedir. Ir embora. Partir. Alguns olhares e desolhares. Vergonha. Vermelha. Ah, que raiva. Raiva dessa minha enorme facilidade de me apaixonar tão facilmente, tão rápido, tão sem sentido. Nuvem. E o pior, desapaixono mais rápido ainda, sem ter razão. Mas o fato é que me apaixonei, desde ontem, mais ainda hoje, quando fui me despedir. E ele sequer olhou pra mim; até olhou, mas com pouco interesse. Ele olhou pros cabelos amarelos do meu lado. E já estou com vontade de tingir meu cabelo, como se a culpa fosse se estender a cor de meu cabelo. Mas não, talvez eu não fosse tão interessante assim, mas que eu me apaixonei, isso é uma verdade. Sabe uma paixão platônica? É, essas são das boas. Pegam a gente sem se sentir, depois nos deixam sem respirar. Droga, onde eu tava com minha cabeça? Meu coração não se apaixona fácil assim, mas minha cabeça é teimosa, sempre quer ter alguém pra pensar, sonhar...Mas aí já é demais, na hora da despedida, da partida, de sumir? Ah não, onde meu juízo foi se enfiar? Se bem que não mais o conheço, nem recordo de quando o tive. Mas meu Deus, porque logo hoje que eu tinha que dormir? Papai do céu, eu sei, eu já sei...hoje não mais durmo, vou pensar na vida que poderia ter sido e não foi, depois cochilarei com os fones de ouvido,a mesma banda, a mesma música, a mesma parte: “Jackie uma menina tão bonita que enjoa.Enjôo de vertigem. viagem de avião.”


por: Andressa Martins S.M.B.
em: (um dia qualquer do fim de semana)


p.s: Texto completamente surreal,nada condiz com minha realidade atual, é só um texto sobre a fragilidade dos laços humanos. Qualquer semelhança com história de vocês, leitores, é mera coincidência. Eu escrevo, vocês se identificam ou não.
AbraSSo!
Cicatrizando


E meu coração cansado, ofegante, tenta por mais uma vez respirar. Sem aparelhos, sem ajuda de ninguém. Sequer de mim mesma.

Por: Andressa Martins S.M.B.
em: 21/02/2011 
exatamente às 23:00h 


Na minha vida eu troco a palavra "sonhos" por "metas". O mundo da subjetividade é muito mais doloroso do que uma vida objetiva.
 Quem quiser, que pense o contrário.

Por: Andressa Martins S.M.B
Janelas 

Abri uma janela cuja a vista era o nada, me iludi com coisa nenhuma. O vento, as vezes raro, as vezes lento, impediu que eu a fechasse. O céu era quase azul, e o nada? Ah, o nada eram os prédios em frente a minha casa, que não me deixavam ver o céu.


p.s.: Entendam do modo objetivo (da janela e dos prédios) e do modo subjetivo (o sentimentalismo).


e como meu amigo Thiago Doh dizia: " Hoje, sem abraços, eles me fazem lembrar e não pensar. "


Por: Andressa Martins S.M.B