A vingança não é um prato que se come frio, é um prato que se come cru. Talvez seja por isso que comida japonesa faz tanto sucesso. – p.s.: sempre mudo os ditos populares.

Por: Andressa Martins S.M.B
em: 27/09/2010
Meu presente de aniversário

Se você um dia quiser me dar um presente, me dê um chaveiro de algum bonequinho que se pareça com você. Para que eu carregue sempre comigo, que você me acompanhe e eu me sinta segura. Talvez esse seja o único jeito de ter você aqui.

Por: Andressa Martins S.M.B
escrito em: 18/09/2010
Para a educação escolar
Eu ando com medo do poder de convencimento de algumas pessoas insanas. Eu tenho medo da crítica exacerbada e da aceitação imediata. Tem que saber distinguir o bom do mau, o bonito do feio, o inteligente do burro, o útil do inútil. Eu tenho medo de algumas palavras ofensivas, e da grandiosa modernidade. Tenho medo do “educar” crianças, tenho medo que esse  “educar” seja mais uma maneira de esconder o termo “adestração”. Até porque, a maioria dos professores não te educam, te moldam, como bem querem.

Por: Andressa Martins S.M.B.
escrito em: 21/09/2010

Existe uma força superior que sempre fecha meus olhos, mesmo que eu sempre queira relutar, enxergar. Esse mundo tá pequeno e o remédio não tá fazendo efeito, a pilha do controle não tá funcionando, o sonho tá se repetindo e o amor não tá vingando.

Setembro de 2010
Por: Andressa Martins S.M.B

O tiro saiu pela culatra  

Tentei escrever mais alguma coisa, porém não consegui. Os olhos encheram de lágrimas, alguém dispersou minha atenção, arrancou-me o cérebro, tirou-me a música, inundou meus ouvidos com bobagens quaisquer. Fechei o caderno e novamente na aula voltei a viajar.
escrito em: 14/09/2010
Por: Andressa Martins S.M.B.
"Existem duas definições para pessoas que nadam contra a corrente: ou são loucos ou são extremamente fortes e corajosos. Ainda procuro minha correta definição."

por: Andressa Martins S.M.B


                                                   
                                                    Detesto meio-termo
                                                              No céu, boas mentes.
                                                          No inferno, as más.
                                                    Porque então me puseram
                                                                 no     p
                                                                             u
                                                                                r
                                                                                  g
                                                                                     a
                                                                                       tório?

Por: Andressa Martins S.M.B

Minha avó sempre me dizia: " Não ponha o carro na frente dos bois "; e eu nunca dava ouvidos, sempre me precipitava. Sempre deixei de guardar meus próprios segredos, sempre vivi antecipado aquilo que eu pensava que ia acontecer. Outra vez, dia desses, ouvi uma conversa do meu tio e ele dizia: " Não compre curativos esperando um dia se machucar "; e o problema é que eu comprei, sofri tanto antes que tudo acontecesse. Pus tantos curativos sem corte algum que quando de verdade me machuquei, já estava com demasiada dor mentalmente e não tinha sobrado curativos para colocar na ferida. E sofri mais, com a ferida aberta, juntando moscas. Sofri tanto que ainda hoje sofro, mas minha memória só lembra da dor quando anoitece. Mas deixa pra lá, a ferida sempre fecha; umas vezes deixando cicatrizes, outras não.


Por: Andressa Martins S.M.B
De um homem quase apaixonado

Tanto pude dar sem nada receber
e você só me tem dado aquilo que ninguém quer.
Serpente. Eva. Depois bruxa, cigana, mulher.
Único ser capaz de desenvolver desprezo
fingindo ser amor, paixão, ternura.
Capaz de ver alguém sorrir e lhe fazer chorar.
Conclusivamente te ordeno: 
- DEVOLVA MINHA COSTELA!

Por: Andressa Martins S. M. B.
Estória mal contada
 
 Ela me disse exatamente tudo que eu não queria ouvir, que eu fechava os olhos pra não ouvir e os ouvidos pra não ver. Em pensar que foi tudo de tão bom grado, mas ela chegou com uma bolsa cheia, uma cara de descontente mordida por algum bichinho que passa raiva e disse de uma só vez, rápido, sem balbuciar:

- Ele não gosta de você!
E eu, sentada na cama, só não desmaiei porque segurava o notebook, mas ainda sem entender perguntei:
- Anh? O que foi? Brigou com seu namorado?
- Não, eu acho que é você quem deveria acabar com seu "pseudo", ele não gosta de você!
E fui perdendo o fôlego, a cor rosada das bochechas e a força dos dedos que queriam digitar. Mais ainda com muita dificuldade, consegui perguntar gaguejando:
- Pô pô porque tá dizendo isso?
Ela sorriu irônica e disse:
- Ora, tá na cara ...
E foi falando mil e um detalhes que na teoria é muito mais que verdadeiro. E finalmente me disse a frase que nunca esquecerei:
- Deixa disso, amanhã quando acordar, lembra do que eu te disse e esquece isso, deixa passar! Até porque tá na cara, você é que não quer enxergar!
Cheeeeeega, já tá de bom tamanho, ora "quando eu acordar", eu nem dormi. Fechava os olhos e a frase me vinha como um slide, um flash, num data-show; e como um fim, um desabamento, uma morte, um descontento...
"Tá na cara, você é que não quer enxergar...não quer enxergar, enxergar, enxergar ..."


Por: Andressa Martins S.M.B


 Num banco vazio
Caso você não me encontre mais aqui quando voltar, saiba que eu não fui pra sempre, eu apenas deixei o tempo te mostrar as verdadeiras importâncias na nossa vida. Caso você esqueça meu nome, eu estarei em lembrança sua pelo que representei e não por minha aparência. Caso você não mais leia meus textos, meus desejos e minhas inúmeras declarações; minha sabedoria ainda assim andará contigo. Caso você não me revele seus sonhos ou seus medos, sei que onde eu estiver, poderei te ajudar; com um sorriso, com uma palavra, um olhar ou um pensamento. Caso o acaso não nos dê sorte, apelarei pra o destino, ou pela razão e ela há de ser bem forte e convincente. E se eu não representar nada, saiba que eu estive aqui por muito tempo e hoje a porta está quase por se fechar. Ainda existe tempo,dependendo da velocidade de sua corrida você pode entrar por uma brecha, ou então chegar tarde demais. Não se intimide. Seja direto. Vá direto ao ponto, à porta.

Andressa Martins S.M.B