Saudade

"O que os olhos não veem o coração não sente"
Não mente. Não cala, nem consente.
Não há mal nem bem. Não há mau nem "vem".
E a saudade aperta só até quando o foco muda.

E muda. E volta em um circo, em uma roda.
Elástico solto. Imóvel?
E dói! Depois passa!
E não se vê o que os olhos não veem.
É bem verdade, o coração não sente.
Quem se ilude é a mente que se engana; inocente.
Transcende.

Risca, apaga, despreza e ama.
E esquece. Esquece de esquecer.
O foco outra vez muda no escuro da sala vazia
e volta como se nunca tivesse partido.
Mas sente. Sente muito.
Rima pobre. Sentimento raro, rico.
Saudade!

Em: 27/02/2012
Por: Andressa Martins S.M.B

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