Quando um constante sorriso se aborrece

Quando um constante sorriso se aborrece é sinal que outros tão importantes olhos não foram cruzados e que tão alvas mentes foram poluídas, diluídas no pouco que nos resta saber. Saber o que não se quer saber é torturante e o sorriso pertubado é o sorriso mais confuso, mais aguado. O que fazer quando nada resolve a situação? Quando a razão troca a única emoção rasuavelmente interessante em sua quase que monótona vida, resta camuflar a dor num leve piscar de olhos e reluzir por entre as entranhas da face uma quase satisfação. Errados caminhos. Importantes meios, importantes medos e erros. Enquanto chorar for o meio mais fácil, morrerei com rugas, por não saber decerto o que fazer. E o sorriso, novamente pertubado, se aborrece e entra em desespero por saber que o fogo não significa calmaria e que o vermelho é sangue e não amor. Enquanto o branco se mantiver puro, os falsos sorrisos serão dados em pânico, cenando uma grande cascata catastrófica de medos e anseios; prometo nunca amar demasiado aquilo que me maltrata, que me consome, que me detesta, que me destrata. Talvez nada disso tenha grande sentido, talvez sentido algum, portanto resta saber, julgar e punir o que realmente arranca todos os dias, o lindo sorriso embutido no rosto da pequena garota, quase mulher. Por : Andressa Martins S. M. B. em 08/11/2009