Porra, que merda eu fiz?



Não adianta comprar roupas novas, sapatos novos e aumentar o limite do cartão. Não adianta comprar perfume importado, vinhos caros, e o whisky 21 anos que tanto gosto. Não adianta assistir o jogo do meu time e ele ganhar, não adianta! Não adianta entrar no quarto e não ser recebido por ninguém, nem um beijo de boa noite nem um “porque você chegou a essa hora?”. Não importava a cerveja com os amigos ou os momentos tristes, alguém estava lá; aliás, estava aqui e não percebi. E esse alguém a toda hora tenta me convencer de que não há mais nada que se possa fazer. Mas não adianta ir de bar em bar, me focar na academia, inventar uma luta de artes marciais, fazer caminhada, dirigir velozmente. Não vale a pena, nada vale a pena. Talvez eu nunca mais a veja descalça sentada no chão da minha sala enfiando os cadarços dos meus tênis. Talvez eu nunca mais possa vê-la com minha camisa velha, porém linda, com o cabelo preso e tomando sorvete de coco comigo às 02:00h. Quem sabe ela nunca volte pra fazer brigadeiro e afagar meu cachorro... O fato é que fui eu que me precipitei, eu que falei mais do que devia, eu que não quis escutar. Mas não adianta, agora não mais adianta, se no final da noite, me deito na minha rede e sinto o seu perfume, porém falta-me a presença. Porra, que merda eu fiz?

Por: Andressa Martins S.M.B.
Em: 11/05/2012

2 comentários:

Anônimo disse...

Já tem tempo que vc não posta textos. Amo ler seus pensamentos, idéias, críticas.

Ricardo disse...

Escreve aí Andressa... Ta com tempo mesmo que não escreve.